
SONHO DA MINHA ALMA
Sinto minha alma tranqüila;
Como se flutuasse em cima de cristais,
Cobertos por águas limpas;
E num vôo marítimo,
Vou por entre corais dourados, algas verdes e transparentes,
Que balançam suavemente acariciando meu ser.
Talvez você não possa ver nem ouvir o que sinto;
Mas é bom demais sentir que posso fluir,
Entre corais e estrelas do mar;
Embora saiba que os tubarões tentem me devorar.
Vou me esquivando,
Deslizando entre as ondas e algas macias,
Que deixam transparecer finos raios de sol.
E vou por aí.
Quando à noite chega deixo que os tubarões,
Vejam em meus olhos os reflexos da lua,
E perplexos param comovidos,
Com os mistérios ocultos,
Entre o céu, à lua, o mar e eu.
É bom saber que sou um ser único
Tão diferente dos outros, que posso sentir essa emoção,
Mesmo sem mergulhar.
Muitos mergulham e nem notam
Que ali existem outros seres
Que simplesmente bailam entre cristais corais e algas.
Mesmo que imaginários,
Assim como a minha alma sonha com a liberdade,
Para alcançar o infinito.
É assim, a alma de um poeta.
Lili Ribeiro