quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Ao cair da tarde


Segredos

Ao cair da tarde
vem às tristezas e saudades.
Lembro-me dos dias felizes.
Iguais aqueles
Só mesmo em meus pensamentos tive.

Belas manhãs de outono
-tivemos-

Caminhos percorridos por intensa magia.
Um sonho
uma dor
e o amor
nascendo entre nós dois.

Os pequenos seres daquele lago
Agitavam-se.
Parecia fazer fita só pra nós.

E na cachoeira
água fresca descia daquela mata.
Refrescava os nossos corpos
com gotas que trazidas pelo vento
se faziam em brisas e notas soltas pelo ar.

No sussurrar das águas
musicalidade ímpar a nos encantar.

Tremores nas mãos
tropeços nos pés.
E no entrelaçar das nossas línguas
-beijos que ardiam-

deixavam nossos corpos
implorando um ao outro.
Desejo pleno
e mãos que passeavam por todo meu corpo
sem pedir licença.

Por testemunhas
O silencio
e o um sutil raio de sol
que atravessava as ramagens
e os fortes galhos
das grandes árvores.
A nos sondar.

Lili Ribeiro

Nenhum comentário: