terça-feira, 16 de outubro de 2007

................! De Um Tempo

DE UM TEMPO


Aquele rio não era tão bonito quanto o pintei
E as cobras não eram venenosas.
O morro não era tão alto
E o gato não morreu.
Ele ainda está vivo , mas continua doente.
Aquele adeus foi real .
Os ciganos foram embora.
E a lágrima cessou.
O demônio está preso no acordeom
E a galinha ninguém comeu.
O cachorro nadou até sair da água.
O sorriso era deboche.
O aceno de mão foi inocente,
Mas a coça que a vida me deu doeu demais.
Aquela estrada não era tão longa
Nem tão larga.
Na nascente ainda brota água.
A mata que já não era tão tenra
Quase não existe mais.
A estrada é só uma trilha,
A floresta só arbustos,
A areia era branca demais!
A cobra era vermelha e preta sim!.
A lua continua bela e no mesmo lugar,
Mas seu brilho é menor
Porque o campo virou cidade.
VIDA: É nome Dela que está deixando de viver.
Os frutos eram verdes e viçosos,
Mas a árvore foi arrancada;
Meu coração chora ao vê-los murcharem
E não posso fazer nada para mudar este quadro
Não vejo saída por enquanto;
O túnel está escuro ,
A janela está fechada
Mas o céu está aberto
E as estrelas continuam a brilhar.
O amanhã há de acontecer
A cortina há de abrir
E a platéia há de aplaudir
O palhaço está triste, mas ainda não morreu.
VITÓRIA; Há de ser o nome da mulher
Que espero para nascer.

Lili Ribeiro

Um comentário:

Vicente Freire disse...

Lili, que trabalho lindo, menina! Percebo que tem muita angústia e sofrimento de buscas, escreva que isso te fará bem, você está escrevendo cada vez melhor, a poetisa amadureceu em sentimentos reveladores e isso é muito importante para a qualidade dos seus trabalhos, te gosto muito, beijos.