quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Pelas Ruas

Pelas ruas

Pelas praças, muitas delas.
Pés descalços
Parecem sem pátria.
Sofrendo ao relento
As mães que amamentam.
Com seus seios vazios
E o coração cheio de dores.
A dor que cobra
Uma só razão para viver.
O dia amanhece e um pouco mais adormece.
E nada...! Nada acontece.
O mesmo olhar perdido,
Das crianças esquecidas,
Repete-se;
Algumas choram e outras, apenas fitam,
O raio da luz de mais um dia,
Que com o decorrer das horas
Perde-se com as incandescentes.
Outras se calam...
E esperam.
Mas esperar por quem e por quê?
Se o amanhã não vem!
O presente é sempre o mesmo tempo, presente.
Um dia após outro
Com os olhares perdidos no horizonte.
Mas que horizonte?
Se o tempo presente não vê futuro?
As pessoas sempre vão e voltam,
Elas passam e passam
E elas vêem;
Que elas sempre tem
Um olhar distante
Sempre distante
Um olhar perdido no horizonte.

Lili Ribeiro
06/07/07

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